
O que poderia soar frio em outras pranchetas, nas mãos dela ganha apelo cozy e acolhedor – e isso acontece porque a arquiteta leva em conta cada variável: convivência, privacidade, circulação, áreas de lazer e de descanso, e soluções ecologicamente corretas (demanda que ela aprendeu a usar muito antes de a palavra sustentabilidade entrar para os trending topics).
Por sinal, o oxigênio é obrigatório em suas criações. “Não consigo conceber uma ideia sem a natureza presente. Gosto de explorar a luz solar e misturar madeiras de reaproveitamento e certificadas às inúmeras possibilidades de fibras”, diz. Múltipla, ela faz questão de elevar a sofisticação e o dinamismo para além da obviedade. A narrativa foi construída por meio de ambientes setorizados em um principal contendo living, lareira e biblioteca, com disposição assimétrica do mobiliário. As composições de módulos de sofás e as mesas de centro dão movimento ao lugar, que é separado da sala de jantar por brises verticais pivotantes revestidos de couro.
A mesa Halston é um dos mais acachapantes lançamentos da mostra. Aparadores de aço, tampos de madeira, painéis de mármore Gris Armani, espelhos bronze e couros gravados estão por toda parte. A interligação com a suíte é feita por um caminho ladeado por estante e pérgola, por onde descem plantas. No quarto, a cama é a vedete, disposta no centro de um imenso painel de madeira de nogueira, com cabeceira Piet e pés de aço gold. O conjunto exala atmosfera intimista, perfeita para que a anfitriã se sinta num pedacinho da sua terra natal: a Itália.
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